sexta-feira, 9 de julho de 2010

Pirarucu ou Pirosca - Maior peixe de escamas da Bacia Amazônica

 Reino : Animalia
Filo: Chordata
Classe: Osteichthyes (peixes ósseos)
Familia: Arapaimidae
Espécie: Arapaima gigas
O pirarucu (Arapaima gigas), é o maior peixe de escama
de água doce do Brasil, capaz de atingir até 3 metros   e
chega a pesar até 250 kg, é um peixe carnívoro que  se
alimenta de outros peixes como o piau, a traíra, etc.
Possui dois aparelhos respiratório, as brânquias para a
respiração aquática e a bexiga natatória modificada que
funciona como  pulmão durante  a  respiração  aérea
obrigatória, olhos pequeno, nadadeira dorsal longa, es-
camas grandes e espessas, língua óssea provida de nu-
merosos dentículos - como uma escova, dorso de cor
castanha escuro e as escamas da porção posterior são
orladas de vermelho. O pirarucu também cuida da prole.
Na época da reprodução  os pirarucus formam casais,
procuram ambientes calmo e constroem seus ninhos; é
papel do macho proteger os filhotes por cerca de seis
meses. A prole durante as primeiras semanas de vida
nada  sempre em torno da cabeça  do  pai,   que  os
mantém próximos à superfície para facilitar a respiração
aérea. E o abate do macho em época de reprodução
expõe os filhotes a predação por peixes carnívoros, es-
pecialmente piranhas e a longa fase da imaturidade se-
xual (3-5 anos) propicia a catpura de espécies juvenis,
expondo os pirarucus ao grupo de peixes em vias  de
extinção.
O nome pirarucu é indígena que significa peixe vermelho,
é um peixe que não migra e precisa tomar ar na superfí-
cie da água a cada 20 minutos. E quando coloca a cabe-
ça  fora  d´água em busca de ar torna-se presa fácil  do
homem que muitas vezes o abate com o arpão.
O nome "bacalhau brasileiro" foi dado ao pirarucu pelos
portugueses que colocavam o sal para conservar o pes-
cado assim como faziam com o bacalhau. O pirarucu é
também conhecido como "boi de escamas", como  se
diz que no boi só se perde o mugido, no pirarucu quase
nada se perde - as escamas são utilizadas como lixas e
na confecção de artesanato como bolsas e brincos,  a
língua também é utilizada como lixa e a carne é o alimento
tradicional entre as populações ribeirinhas,  tem  ótima
aceitação no mercado o que permite alcançar bom preço
de venda e é um dos peixes com maior potencial para
criação na  Amazônia.
Importante: Na tentativa de proteger o pirarucu da ex-
tinção, foi criada a portaria 480, em 3 de março de 1991
que proibi a pesca desse peixe de 01 de dezembro a
31 de maio - época de reprodução. Em 1993 a portaria
014 estabelece o tamanho mínimo de 1m (um metro)
para a comercialização da manta ou posta seca e em
1996 a portaria 08 definiu o tamanho mínimo de 1,5m
(um metro e meio) para captura da espécie, poupando
dessa forma as espécies jovens que ainda não repro-
duziram.

                                LENDA DO PIRARUCU
Pirarucu era um índio que pertencia a tribo dos Uaiás que habitava as planícies de Lábrea no sudoeste da Amazônia. Ele era um bravo guerreiro mas tinha um coração perverso, mesmo sendo filho de Pindarô, um homem de bom coração e também chefe da tribo. Pirarucu era cheio de vaidades,egoísmo e excessivamente orgulhoso de seu poder. Um dia, enquanto seu pai fazia uma visita amigável a tribos vizinhas, Pirarucu se aproveitou da ocasião para tomar como refém índios da aldeia e executá-los sem nenhuma motivo. Pirarucu também adorava criticar os deuses. Tupã, o deus dos deuses, observou Pirarucu por um longo tempo, até que cansado daquele comportamento,decidiu punir Pirarucu. Tupã chamou Polo e ordenou que ele espalhasse seu mais poderoso relâmpago na área inteira. Ele também chamou Iururaruaçú, a deusa das torrentes, e ordenou que ela provocasse as mais fortes torrentes de chuva sobre Pirarucu, que estava pescando com outros índios as margens do rio Tocantins, não muito longe da aldeia. O fogo de Tupã foi visto por toda a floresta. Quando Pirarucu percebeu as ondas furiosas do rio e ouviu a voz enraivecida de Tupã, ele somente as ignorou com uma risada e palavras de desprezo. Então Tupã enviou Xandoré, o demônio que odeia os homens, para atirar relâmpagos e trovões sobre Pirarucu, enchendo o ar de luz. Pirarucu tentou escapar, mas enquanto ele corria por entre os galhos das árvores, um relâmpago fulminante enviado por Xandoré acertou o coração do guerreiro que mesmo assim ainda se recusou a pedir perdão. Todos aqueles que se encontravam com Pirarucu correram para a selva terrivelmente assustados, enquanto o corpo de Pirarucu, ainda vivo, foi levado para as profundezas do rio Tocantins e transformado em um gigante e escuro peixe. Pirarucu desapareceu nas águas e nunca mais retornou, mas por um longo tempo foi o terror da região.

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