Ipê-amarelo (Tabebuia serratifolia)

           Nomes vulgares: ipê, ipê-amarelo, ipê-do-cerrado, ipê-ovo-de-macuco, ipê-pardo, ipê-tabaco, ipê-uva,  paud’arco,  pau-d’arco-amarelo,  piúva-amarela, opa e tamurá-tuíra.

          Pela grossura de sua casca, característica que deu origem ao nome – em tupi, ipê significa  árvore de casca grossa.

           Da família  Bignoniaceae a árvore atinge 5-25m de altura, o tronco cilíndrico reto pode medir 20-90cm de diâmetro e a copa 3-8m de diâmetro. As folhas são opostas, digitadas, as flores hermafroditas , florescimento em média, a partir de três anos após o plantio.  A floração é sincronizada, rápida e anual. No Pará, a floração ocorre entre julho e outubro e a frutificação entre outubro e novembro,  o cálice e a corola apresentam estrutura tubular com cinco lóbulos.  O fruto é uma vagem ,  as sementes são  laminares e leves , são aladas e devem ser colhidas diretamente nas árvores. A mudança de coloração, de verde para marrom, e o início da deiscência dos frutos são bons indicadores do ponto de colheita. Os principais polinizadores são as abelhas  mamangava . A dispersão das sementes é anemocórica (apresentam mecanismos que facilitam a dispersão pelo vento).

          Para Produção de mudas em viveiro a semeadura pode ser feita em canteiros ou em embalagens individuais, contendo solo argiloso rico em matéria orgânica, sob sombreamento de 70%. As sementes não possuem dormência e a germinação é epígea, sob temperatura de 25°C a 30°C.  As mudas podem ser transplantadas aos 5 meses.

A madeira é pesada, muito dura e resistente ao apodrecimento e ao ataque de fungos e cupins,  empregada em marcenaria, construções pesadas e estruturas externas, tanto civis quanto navais. A árvore é utilizada em paisagismo e arborização urbana devido as suas atrativas flores amarelas; entretanto, não deve ser plantada próximo a residências ou em calçadas públicas, pois seu sistema radicular pode danificar o calçamento e a rede de esgoto.
          Há cerca de doze tipos de ipês com flor em tons amarelos espalhados pelo país. Apesar de não ser encontrada nos estados do Sul, a Tabebuia serratifolia predomina no restante do território nacional, enquanto a Tabebuia alba ocorre principalmente do Paraná ao Rio Grande do Sul. 

              Devido sua exuberância na época da floração é muito utilizado na arborização de fazendas, sítios e espaços urbanos. Um meio de preservar a espécie tem sido o aproveitamento de seu plantio em praças e em outros lugares públicos, além de preencher margens de ruas e estradas. Com boa tolerância à poluição urbana, a árvore proporciona um bonito efeito decorativo nas cidades. Também é recomendada para reflorestamento e reposição de mata ciliar, desde que o terreno não esteja sujeito a inundações.

Fonte: INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia