domingo, 24 de janeiro de 2016

Fábula: A rã e o rato


Um jovem rato em busca de aventuras, corria despreocupado ao longo da margem de uma lagoa onde vivia uma rã.
Quando a rã viu o rato, nadou até a margem e disse coachando:
"Você não gostaria de me fazer uma visita? Prometo que, se aceitar meu convite, não se arrependerá..."
O rato, de bom grado, aceitou aquela oferta na hora, já que estava ansioso para conhecer o mundo e tudo que havia nele.
Entretanto, embora soubesse nadar um pouco, cauteloso e com um pouco de receio, já que ele não era um animal da água, disse que não se arriscaria a entrar na lagoa sem alguma ajuda.
A rã teve uma ideia. Ela amarrou a perna do rato à sua com uma robusta fibra de junco. Então, já dentro da lagoa, pulou levando junto com ela seu infeliz e ingênuo companheiro.
O rato logo se deu por satisfeito e queria voltar para terra firme. Mas a traiçoeira rã tinha outros planos. Ela deu um puxão no rato, que preso à sua perna nada podia fazer, e mergulhou nas águas profundas e escuras afogando-o.
No entanto, antes que o malicioso anfíbio pudesse soltar-se da fibra que o prendia ao Rato, um Falcão que sobrevoava a lagoa, ao ver o corpo do rato flutuando na água, deu um vôo rasante, e com suas fortes garras o segurou levando-o para longe, trazendo também consigo a rã que ainda estava presa à perna do infeliz roedor.
Desse modo, com um só golpe, a ave de rapina capturou a ambos, tendo assegurada uma porção de carne variada, animal e peixe, para o seu jantar daquele dia.
                                               Esopo

 MORAL: Não existe mal praticado que não se volte contra seu autor.

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