segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Doença de Chagas

                              Histórico da Doença de Chagas
 Cem anos após sua descoberta pelo cientista brasileiro Carlos Chagas,há pouco a se comemorar com relação ao combate à doença de Chagas. Apesar de o governo do Brasil ter recebido a certificação da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS),A doença de Chagas é encontrada apenas na América Latina. Foi nomeada por Carlos Chagas, um médico brasileiro que primeiro descreveu a doença em 1909. Ele também descreveu o ciclo de vida do parasito, identificou os insetos que transmitem a doença, os mamíferos de pequeno porte que atuam como hospedeiros e os meios sugeridos para auxiliar na prevenção e controle .
A doença de Chagas (ou tripanossomíase americana) é uma doença parasitária tropical humana transmissível, cujo agente etiológico é o T. cruzi, protozoário intracelular flagelado. Trata-se de uma enfermidade endêmica que não apresenta variações cíclicas ou sazonais de importância epidemiológica. A doença de Chagas pode produzir manifestações clínicas variadas desde formas agudas (indício de infecção), indeterminadas (mais freqüentes) e as formas crônicas (cardíacas, digestivas e mistas) .
Outras formas de transmissão  possíveis: como a ingestão de alimentos contaminados com o parasito, a transfusão de sangue e a transmissão fetal (transplacentária).
              Modos de transmissão do Trypanosoma cruzi
A transmissão ocorre pelo contato com as fezes ou urina contaminadas do vetor infectado. Os triatomíneos (barbeiros) não nascem infectados com o agente causador da doença de Chagas, o T. cruzi, mas se infectam ao sugar o sangue de animais que tenham o parasito, tais como marsupiais (gambás), roedores, aves e até o próprio homem. Embora estes insetos se alimentem desses animais, assim como de répteis e anfíbios, somente os mamíferos são infectados com o T. cruzi. As aves constituem grande fonte de alimentação para os barbeiros, tanto em ambiente silvestre como nos peridomicílios (criação de galinhas, por exemplo), mas não são contaminadas com o T. cruzi .
As constantes alterações no ambiente natural provocada pelo homem (atividade antrópica), como a destruição da vegetação pela agricultura, acarretando desequilíbrios nos ecossistemas, levando  à modificação de  comportamento dos barbeiros.  possibilitando, dessa maneira, a formação de novos ciclos de transmissão da doença de Chagas  por espécies originalmente silvestres. 

                                   Ciclo de vida do parasito

 
A transmissão vetorial é a principal fonte de infecção para o homem, e em importância epidemiológica as transmissões por via de transfusão de sangue e no Brasil a via oral, tem se constituído um grave problema de saúde pública. É fundamental, do ponto de vista médico, conhecer o ciclo de vida do parasito para propor formas de intervenção que contemple ações de prevenção que consiga impactar no diagnóstico precoce e tratamento oportudo das pessoas infectadas.
O inseto vetor infectado por triatomíneos alimenta-se de sangue e libera tripomastigotas em suas fezes próximo ao local da picada. Os tripomastigotas entram no hospedeiro através da ferida ou através das membranas mucosas intactas, como a conjuntiva. Vetores infectados com triatomíneos pertencem aos gêneros Triatoma, Rhodnius e Panstrongylus. Dentro do hospedeiro, os tripomastigotas invadem as células, onde se diferenciam em amastigotas intracelulares. Os amastigotas multiplicam-se por divisão binária e diferenciam em tripomastigotas, e em seguida, são liberados na circulação como tripomastigotas na corrente sanguínea. Tripomastigotas infectam as células de uma variedade de tecidos e se transformam em amastigotas intracelulares de novos sítios de infecção.
De acordo com dados descritos pela Organização Mundial de Saúde, a doença de Chagas na América Latina atinge entre 18 a 20 milhões de pessoas e mais de 90 milhões que habitam as zonas endêmicas. Segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS).No Brasil, estima-se que 3 milhões de pessoas estejam infectadas pelo Trypanosoma cruzi, parasita causador da doença.

                                                          Sintomas
Febre, mal-estar, inflamação e dor nos gânglios, vermelhidão, inchaço nos olhos (sinal de Romanã), aumento do fígado e do baço são os principais sintomas. Com frequência, a febre desaparece depois de alguns dias e a pessoa não se dá conta do que lhe aconteceu, embora o parasita já esteja alojado em alguns órgãos.
Como nem sempre os sintomas são perceptíveis, o indivíduo pode saber que tem a doença,  anos depois de ter sido infectado, ao fazer um exame de sangue de rotina.

                                       Período de incubação
O período de incubação vai de cinco a 14 dias após a picada e o diagnóstico é feito através de um exame de sangue, que deve ser prescrito, principalmente, quando um indivíduo vem de zonas endêmicas e apresenta os sintomas acima relacionados.

                                                            Evolução
Caindo na circulação, o Trypanosoma cruzi afeta os gânglios, o fígado e o baço. Depois se localiza no coração, intestino e esôfago. Nas fases crônicas da doença, pode haver destruição da musculatura e sua flacidez provoca aumento desses três órgãos, o que causa problemas como cardite chagásica (aumento do coração), megacólon (aumento do cólon que pode provocar retenção das fezes) e megaesôfago, cujo principal sintoma é a regurgitação dos alimentos ingeridos. Essas lesões são definitivas, irreversíveis.
A doença de Chagas pode não provocar lesões importantes em pessoas que apresentem resposta imunológica adequada, mas pode ser fatal para outras.

CLIQUE PARA VER UMA ANIMAÇÃO DO CICLO DO TRYPANOSOMA 

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