Os insetos, juntamente com os outros animais, também tinham ido à gruta de Belém para adorar o menino Jesus. Para não assustar o recém-nascido, ficaram apenas olhando da entrada da gruta. Mas o menino Jesus fez um gesto com as mãozinhas rosadas, e os chamou. Então, eles correram para ele, cada um levando o seu presente… A abelha ofereceu-lhe doce mel, e a borboleta, a beleza das cores. Por sua vez, a formiga levou-lhe um grão de trigo, e a lagarta, um fio da mais fina seda.
A vespa, não sabendo o que oferecer, prometeu nunca mais dar ferroada em ninguém. A mosca ofereceu-se para velar o sono de Jesus, mas sem zumbidos desagradáveis…
Só um inseto bem pequenino não teve coragem de chegar mais perto, porque não tinha nada para oferecer ao menino. Então, ficou lá quietinho, tímido, parado na entrada da gruta, mas com uma vontade enorme de ir lá perto de Jesus e dizer-lhe que também o amava.
Mas, quando, com o coração triste e a cabeça baixa, já estava para dar a meia-volta e ir embora, escutou uma vozinha doce que o chamava:
- “Ei, você aí, pequeno inseto, por que não chega mais perto?” – perguntou Jesus.
Comovido, o inseto voou até a manjedoura e pousou na mãozinha do menino. Estava tão emocionado pela atenção recebida que seus olhos encheram de lágrimas. Uma delas deslizou, grossa e brilhante, e foi cair justamente na palma da mão direita do menino Jesus.
- Obrigado – disse a criança sorrindo. – É um presente muito bonito.
Naquele momento, um raio de luar que espreitava pelo buraco da gruta iluminou a lágrima.
- Pronto! Virou uma gotinha de luz… – disse Jesus. – De hoje em diante vai levar para
sempre com você este raio luminoso. E seu nome vai ser vaga-lume…
Ana Rabello
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