sexta-feira, 1 de abril de 2011

Autismo, você sabe o que é?


O Autismo é uma inadequacidade no desenvolvimento que se manifesta de maneira grave por toda a vida. Acomete cerca de vinte entre cada dez mil nascidos e é quatro vezes mais comum entre meninos do que meninas. É encontrada em todo o mundo e em famílias de qualquer configuração racial, étnica e social. Não se conseguiu até agora provar nenhuma causa psicológica, no meio ambiente destas crianças, que possa causar a doença.
Os sintomas, causados por disfunções físicas do cérebro, são verificados pela anamnese ou presentes no exame ou entrevista com o indivíduo. Incluem:
      1o - Distúrbios no ritmo de aparecimentos de habilidades físicas, sociais e
              lingüísticas.
      2o - Reações anormais às sensações. As funções ou áreas mais afetadas são:
              visão, audição, tato, dor, equilíbrio, olfato, gustação e maneira de manter o
              corpo.
      3o - Fala ou linguagem ausentes ou atrasados. Certas áreas específicas do
              pensar, presentes ou não. Ritmo imaturo da fala, restrita compreensão de
              idéias. Uso de palavras sem associação com o significado.
      4o - Relacionamento anormal com os objetos, eventos e pessoas. Respostas
              não apropriadas a adultos ou crianças. Uso inadequado de objetos e
              brinquedos.
 Os casos menos severos podem ser diagnosticados como Transtorno Global do Desenvolvimento (PDD = Pervasive Developmental Disorder) ou como Síndrome de Asperger - Estas crianças não têm dificuldades na linguagem, mas apresentam muitos problemas comportamentais e de socialização, sintomas típicos do autismo.

                                         Causas e Diagnóstico

O autismo não pode ser diagnosticado apenas a partir de um só sintoma, é necessário que estejam presentes simultaneamente os sintomas principais o que acontece, por vezes, antes dos 3 anos.
Ao longo da vida há uma evolução dos sintomas, relacionada com as características dos diferentes níveis etários e com as características individuais. 
                 A Criança com Autismo pode:
-demonstrar indiferença, falta de interesse pelas pessoas e pelo ambiente, medos estranhos;
-não dar resposta ou então dá respostas diferentes das dadas pelos outros bebês;
-ter problemas de alimentação, ou de sucção;
-ter falta de interesse pela comida; rejeição ou preferência por certos alimentos;
-ter problemas de sono;
-chorar muito ou nunca chorar.
Até aos 12 meses podem aparecer comportamentos repetitivos, restritivos ou estereotipados (bater palmas, rodar objectos, abanar a cabeça). A criança pode ter interesses obsessivos pela luz, por um brinquedo ou objeto. Pode tardar a andar.
Até aos 24 meses, manifesta-se a ausência ou dificuldade de comunicação verbal e gestual. A linguagem pode tardar ou não aparecer.
A criança pode não manifestar interesse pelas atividades de autonomia que começam geralmente nessa idade (querer comer sozinho e vestir-se sozinho); dá respostas inadequadas aos estímulos sensoriais: tem hipo ou hiper sensibilidade ao frio e ao calor, à luz, à dor ou a certas texturas. Há falta de correlação da causa efeito.
Depois dos 2 anos, a criança pode não brincar normalmente, não entrar em brincadeiras com pares ou com o grupo. A esta altura, os problemas do domínio cognitivo, especialmente de linguagem, começam a estar presentes.
A criança com autismo usa a ecolalia (imitação de palavras ou frases ditas por outras pessoas sem a compreensão do significado). Fala, utilizando padrões repetitivos e não usa o «sim» e o «não»; inverte os pronomes; escolhe palavras cujo som lhe agrada e repete-as fora do contexto. Não compreende os sentidos figurados.
O período dos 3 aos 6 anos é uma etapa muito difícil para a criança e para os pais, pois a deficiência manifesta-se claramente. Podem aparecer comportamentos agressivos, birras sem causa aparente, medos excessivos ou irracionais em situações diárias.
Dos 6 anos à adolescência alguns dos sintomas mais perturbadores de comportamento tendem a diminuir. Mas o autismo permanece, como uma incapacidade, para o resto da vida.
Com educação adequada, os sintomas podem não ser tão aparentes e haver uma melhoria da qualidade de vida. Por outro lado, um ambiente inadequado ou a falta de uma educação apropriada, podem levar a uma regressão e/ou perda de capacidades previamente adquiridas e ainda à degradação de comportamentos como a auto-mutilação, gritos, destruição, dentre outros.

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