sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Dengue : Um Problema de Saúde Pública


Taxonomia do Vetor da Dengue:
Nome comum: mosquito da dengue
Nome científico: Aedes aegypti
(Linnaeus, 1762)
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda (patas  articuladas)
Classe: Insecta ( seis patas)
Ordem: Diptera
(um par de asas -  di=duas  ptera=asas)
Família: Culicidae
Gênero: Aedes
Espécie:  aegypti
Tempo de vida: 45 dias (fêmea adulta)



  Morfologia  e  Fisiologia  do  Aedes aegypti
É um mosquito pequeno cujo corpo é escuro com marcas brancas bem evidentes
e patas  articuladas. Apesar dos palpos apresentarem marcas brancas, a 
probóscide é totalmente preta. O escutelo apresenta marcas brancas dispostas 
dorsalmente como escamas no formato de uma "lira" com  listras laterais curvas 
e 2 listras centrais contrastando com o padrão geral das demais escamas escuras.
O Aedes aegypti é o principal vetor de transmissão do vírus causador da 
Dengue e Febre Amarela. 
Costuma alimentar-se de sangue, dando preferência ao sangue humano, ao 
amanhecer ou ao entardecer. Porém, pode também  picar à noite sob
iluminação artificial. O inseto normalmente se reproduz em recipientes artificiais 
como vasos de flor, latas, e plásticos em geral.O Aedes aegypti é um mosquito 
urbano, embora já tenha sido encontrado na zona rural. Acredita-se, porém, 
que para lá tenha sido levado em recipientes que continham ovos ou 
larvas. Próprio das regiões tropical e subtropical, não resiste a baixas 
temperaturas nem a altitudes elevadas. Desenvolve-se por metamorfose 
completa. Seu ciclo de vida, portanto, compreende quatro fases: ovo, 
larva, pupa e adulto, reprodução sexuada, fêmea (hematófaga), macho
alimenta-se de néctar de plantas, possuem em média O,5 cm de 
comprimento, o ruído deste mosquito é muito baixo - inaudível  para o 
ser humano, a fêmea coloca em média 450 ovos em locais diferentes - 
aumentando a chance de sobrevivênvia dos filhotes, os ovos do Aedes 
aegypti medem cerca de 1mm de comprimento e se estiverem fecundados 
adquirem uma cor negra. Os ovos podem resistir cerca de 1 ano fora 
da água e depois eclodem normalmente dando origem a larvas que 
respiram o  oxigênio na  superfície  da  água,  através  de um sifão.
Essa fase dura cerca de 7 a 10 dias. A larva passa por metamorfose
para a fase de pupa que não se alimenta e  passa do estágio pupal para
o mosquito - onde ocorre o endurecimento do exoesqueleto (esqueleto
externo) e das asas. No  mosquito adulto uma única cópula é suficiente
para fecundar todos os ovos da fêmea por toda a vida, já que seu tempo
de vida em média é 45 dias.

                                            DENGUE

A palavra dengue tem origem espanhola e quer dizer "melindre", "manha". 
O nome faz referência ao estado de moleza e prostração em que fica a 
pessoa contaminada pelo arbovírus ( vírus mantidos na natureza 
mediante transmissão biológica entre hospedeiros vertebrados e artrópodes 
hematófagos). A transmissão ocorre pela picada do mosquito Aedes aegypti
uma espécie hematófaga originária da África que chegou ao continente 
americano na época da colonização. A dengue foi vista pela primeira vez no 
mundo no final do século XVIII, no Sudoeste Asiático, em Java, e nos 
Estados Unidos, na Filadélfia. Mas a Organização Mundial de Saúde (OMS) 
só a reconheceu como doença neste século. O primeiro caso de febre 
hemorrágica da dengue que se tem notícia apareceu na década de 50, nas
Filipinas e Tailândia. Após a década de 60, a presença do vírus intensificou-se
nas Américas. Pesquisadores identificaram vários sorotipos da doença, que 
foram numerados de 1 a 4, dependendo do grau de letalidade do vírus.
O sorotipo 1- O mais leve, apareceu pela primeira vez em 1977, inicialmente 

na Jamaica, mas foi a partir de 1980 que foram notificadas epidemias em 
vários países. O sorotipo 2- Encontrado em Cuba, foi o responsável pelo
primeiro surto de febre hemorrágica ocorrido fora do Sudoeste Asiático e
Pacífico Ocidental. O segundo surto ocorreu na Venezuela, em 1989.

No Brasil, há referências de epidemias desde 1916, em São Paulo, e em

1923, em Niterói, no Rio de Janeiro, sem comprovação laboratorial.
A primeira epidemia, documentada clínica e laboratorialmente, ocorreu 
entre os anos de 1981 e 1982, em Boa Vista, Roraima, causada 
pelos sorotipos 1 e 4, considerado o mais perigoso. A partir de 1986, 
ocorreram epidemias, atingindo o Rio de Janeiro e algumas capitais da
região Nordeste. Desde então, a dengue vem ocorrendo no Brasil 
de forma continuada, intercalando-se com a ocorrência de epidemias, 
geralmente associadas com a introdução de novos sorotipos em áreas 
anteriormente ilesas. Na epidemia de 1986, identificou-se a 
ocorrência da circulação do sorotipo 1, inicialmente no estado do Rio de 
Janeiro, disseminando-se, a seguir, para outros seis estados até 1990. 
Nesse mesmo ano, foi identificada a circulação do sorotipo 2, também 
no estado do Rio de Janeiro.
Os culicídae  na natureza nutrem-se de néctar de flores e suco de frutos 
que são essenciais para a sobrevida de muitas espécies. Contudo, o 
repasto sangüíneo feito pelas fêmeas dos mosquitos anautógenos 
é imprescindível para a maturação dos ovos. Em geral, a fêmea de 
culicídeos faz uma postura após cada repasto sangüíneo. 
Entretanto, Aedes aegypti, mais do que qualquer outra espécie, 
alimenta-se mais de uma vez entre duas oviposições sucessivas, 
especialmente quando perturbado antes de estar totalmente ingurgitado.
Essa característica aumenta a possibilidade do mosquito ingerir e 
transmitir o vírus. Após o repasto sangüíneo, inicia-se a maturação 
dos ovos, ou seja, a ovogênese. 

A DENGUE é uma Infecção virótica que faz doer o corpo inteiro, 
especialmente as juntas, e dá muita febre. É transmitida pelos 
mosquitos Aedes aegypti e A. albopictus, que se infectam sugando 
sangue de algum humano ou macaco infectado nos três primeiros dias
da febre. Depois de 8 a 11 dias de incubação, o mosquito começa a 
transmitir vírus infectantes  – eles saem nas minúsculas gotinhas de saliva
que o mosquito usa como anticoagulante durante a picada.
                                    Modo de transmissão
A fêmea pica a pessoa infectada, mantém o vírus na saliva e o retransmite.
A transmissão ocorre pelo ciclo homem-Aedes aegypti-homem. Após a

ingestão de sangue infectado pelo inseto fêmea, transcorre na 
fêmea um período de incubação. Após esse período, o mosquito torna-se 
apto a transmitir o vírus e assim permanece durante toda a vida. Não 
há transmissão pelo contato de um doente ou suas secreções com 
uma pessoa sadia, nem fontes de água ou alimento. O mosquito Aedes 
aegypti também pode transmitir a febre amarela. 



                      Período de incubação

Varia de 3 a 15 dias, mas tem como média de cinco a seis dias.

                       O Ciclo do  Aedes
O ciclo do Aedes aegypti é composto por quatro fases: ovo, larva,

pupa e adulto. As larvas se desenvolvem em água parada, limpa 
ou suja. Na fase do acasalamento, em que as fêmeas precisam de 
sangue para garantir o desenvolvimento dos ovos, ocorre a
transmissão da doença. 


O seu controle é difícil, por ser muito versátil na escolha dos criadouros

onde deposita seus ovos, que são extremamente resistentes, podendo 
sobreviver vários meses até que a chegada de água propicia a incubação.
Uma vez imersos, os ovos desenvolvem-se rapidamente em larvas, que 
dão origem às pupas, das quais surge o adulto.

       MEDIDAS  PREVENTIVAS  PARA  O  CONTROLE  DE  MOSQUITOS:
1.      Evitar água parada.
2.      Sempre que possível, esvaziar e escovar as paredes internas de recipientes que acumulam água.
3.      Manter totalmente fechadas cisternas, caixas d’água e reservatórios provisórios tais como tambores e barris.
4.      Furar pneus e guardá-los em locais protegidos das chuvas.
5.      Guardar latas e garrafas emborcadas para não reter água.
6.      Limpar periodicamente, calhas de telhados, marquises e rebaixos de banheiros e   cozinhas, não permitindo o acúmulo de água.
7.      Jogar quinzenalmente desinfetante nos ralos externos das edificações e nos internos pouco utilizados.
8.      Drenar terrenos onde ocorra formação de poças.
9.      Não acumular latas, pneus e garrafas.
10.  Encher com areia ou pó de pedra poços desativados ou depressões de terreno.
11.  Manter fossas sépticas em perfeito estado de conservação e funcionamento.
12.  Colocar peixes barrigudinhos em charcos, lagoa ou água que não possa ser drenada.
13.  Não despejar lixo em valas, valetas, margens de córregos e riachos, mantendo-os desobstruídos.
14.  Manter permanentemente secos, subsolos e garagens.
15.  Não cultivar plantas aquáticas.

 

RECEITA DE REPELENTE CASEIRO
         INGREDIENTES:
1/2 Litro de álcool
 1 Pacote de cravo da Índia (10 gr)
 1 Vidro de óleo  corporal  usado em crianças (100ml)
     ou óleo mineral capilar 
         COMO FAZER:
Deixe o cravo curtindo no álcool uns 4 dias agitando, cedo e de tarde;
Depois coloque o óleo corporal (pode ser de amêndoas, camomila, 
erva-doce, aloe vera). Passe só uma gota no braço e pernas e o 
mosquito foge do cômodo. O cravo espanta formigas da cozinha e 
dos eletrônicos, espanta as pulgas dos animais. O repelente evita 
que o mosquito (fêmea) sugue o sangue, assim, ele não consegue 
maturar os ovos e atrapalha a postura, vai diminuindo a proliferação. 
 
Sugestão de Atividades Para  Baixar :
Fascículos para professores do Ensino Fundamental e 
Médio sobre a Dengue.
Instituto Oswaldo Cruz


Imagens e mais informações:

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