Criada em
1948, a União Internacional Para a Conservação da Natureza (IUCN - International Union for Conservation
of Nature ) reune 81 Estados, 113 agências
governamentais, mais de 850 ONG (organizações não-governamentais) e
cerca de 10.000 especialistas e técnicos de mais de 180 países, numa
associação mundial de carácter único. Como União, a União procura
influenciar, alertar e ajudar os povos de todo o mundo a conservar a
integridade e a diversidade da Natureza e assegurar que o uso dos
recursos naturais seja equitativo e ecologicamente sustentável. A União é
a maior rede mundial de conhecimento ambiental e já ajudou mais de 75
países a preparar e implantar estratégias nacionais de conservação da
diversidade biológica.
A IUCN é uma organização multicultural e
multilingue com 1.000 funcionários estabelecidos em 62 países. Tem a sua
sede em Gland, Suiça.
A
Comissão de Sobrevivência das Espécies e o Programa das Espécies
A
Comissão de Sobrevivência das Espécies (CSE) é a maior das seis
comissões da IUCN - formadas por voluntários - e integra 7.000
especialistas. A CSE assessora a IUCN e os seus membros sobre a grande
variedade de aspectos técnicos e científicos da conservação das espécies
e dedica-se a assegurar o futuro da diversidade biológica. A CSE
contribui significativamente para os convênios internacionais que se
ocupam da conservação da biodiversidade.
O Programa das Espécies
da IUCN apoia as atividades da CSE e os Grupos de Especialistas
individuais, além de por em prática iniciativas mundiais de conservação
das espécies. É parte integrante da Secretaria da IUCN e conduz a sua
ação a partir da sede internacional da IUCN em Gland, na Suiça. O
Programa das Espécies inclui várias unidades técnicas que abarcam o
Comércio da vida selvagem, a Lista Vermelha, Avaliações da
biodiversidade, da água doce (sediadas em Cambridge, Reino Unido) e a
Iniciativa de avaliação da biodiversidade mundial (sediada em Washington - EUA).
A
Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas
A Lista
Vermelha das Espécies Ameaçadas da IUCN classifica as espécies de acordo
com o seu risco de extinção . É uma base de dados onde se pode
encontrar informação acerca do estado mundial e outros dados de
referência sobre cerca de 40.000 espécies. O seu principal objetivo é
identificar e documentar as espécies cuja conservação requer maior
atenção e oferece um índice do estado da diversidade biológica.
Desconhece-se
o número total de espécies do planeta; os cálculos variam entre 10 e
100 milhões, sendo 15 milhões de espécies o número em geral mais aceito.
Atualmente conhecem-se 1,7 a 1,8 milhões de espécies.
O homem,
direta ou indiretamente, é o principal causador de grande parte da
diminuição das espécies. A destruição e degradação do habitat continua a
ser a principal causa da diminuição das espécies, juntamente com a ameaça das espécies invasoras introduzidas (exóticas), a colheita
insustentável, a caça excessiva, a contaminação e as doenças. As
alterações climáticas são consideradas cada vez mais como una ameaça
séria.
A cada quatro anos produzem-se análises importantes da
Lista Vermelha ; como as produzidas em 1996.
Todas as atualizações da
Lista Vermelha da IUCN contribuem para a avaliação da biodiversidade à
escala mundial. Trabalha-se para reavaliar o estado de todos os
mamíferos (aproximadamente 6.000 espécies) e aves (aproximadamente
10.000 espécies) e para avaliar pela primeira vez todos os répteis
(aproximadamente 8.000 espécies) e peixes de água doce (aproximadamente
10.000 espécies). A primeira avaliação mundial de todos os anfíbios
(aproximadamente 5.000 espécies) completou-se em 2004.
A Lista
Vermelha das Espécies Ameaçadas da IUCN é um esforço conjunto da IUCN e
da sua Comissão de Sobrevivência das Espécies, BirdLife International,
Centro para a Ciência da Biodiversidade Aplicada da Conservação
Internacional, NatureServe e Sociedade Zoológica de Londres.
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